Inventando uma professora | Maria Augusta Grici Zacarin
Por Zina C. Bellodi

 

 

“Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever”. 
Ledo Ivo (1924), Confissões de um Poeta.

 


Há quem diga ser difícil escrever um prefácio. Eu diria que quando temos em mãos um produto incomum, eventualmente, a tarefa poderá ficar prejudicada. Falamos de um livro de contos cuja autora, embora estreante, não é uma menina que tenta exibir-se, mas, felizmente, é uma mulher madura, capaz de sonhar. 


Ela traz o seu texto bem protegido numa pasta e avança em nossa direção humildemente, o que a torna mais cativante como criadora de espaços para viver suas histórias no palco da vida. 


Eu disse ser difícil escrever um prefácio, a depender das condições, mas o que é um prefácio?


Segundo o dicionário Michaelis, prefácios são “palavras de esclarecimento, justificação ou apresentação, que precedem o texto de uma obra literária, do próprio autor, editor ou outra pessoa...”


Portanto, observados esses quesitos, cumpro meu dever, em seguida, apresentando Maria Augusta Grici Zacarin e seu livro: Inventando uma Professora. Redundância! A autora que eu pretendo apresentar é sobejamente conhecida, e desfruta da aprovação de um número grande de admiradores que a respeitam, pois conhecem seu modo de ser. 


Maria Augusta, até onde posso ver, é aposentada, inativa dizem os “amigos da onça”, e eu diria, aposentada, ativa e irrequieta, tanto que tem consigo um texto preparado para publicação; estou aqui para somar meu entusiasmo e a minha certeza de que ela fez algo de valor que lhe dará a visibilidade merecida. 


Rogo a Deus que me faça competente para realizar esta parte do programa.


“Inventando uma professora” é o título de um dos treze contos que compõem a obra, cujo estilo é admiravelmente claro. Aristóteles, em seu Retórica elege a clareza como a principal qualidade do estilo, o que vem sendo repetido incansavelmente ao longo do tempo nos textos didáticos. Uma linguagem comedida em adjetivação e demais pormenores do ornato literário. 


O livro de Maria Augusta poderá vir a ser um modelo para pessoas interessadas na produção de textos.